quinta-feira, outubro 16, 2003 :::
 
CÈrebro aprende a "tocar piano" em poucos minutos, diz estudo
da Folha Online

Cientistas do Instituto de Fisiologia da M˙sica e da Medicina dos M˙sicos, em Hanover (Alemanha) tiraram o argumento de professores de m˙sica que dizem ser necess·rios anos de treino para executar m˙sicas no piano sem olhar para as m„os. Segundo eles, isso acontece em poucos minutos de pr·tica.

O estudo, publicado esta semana na revista "BMC Neuroscience", mostrou que um mapa cerebral ligando os movimentos da m„o e determinados sons È formado rapidamente.

Tocar um teclado imagin·rio, por exemplo, estimula ·reas do cÛrtex ligados ‡ audiÁ„o e, em contrapartida, ouvir m˙sica estimula ·reas do cÛrtex ligadas aos movimentos. Quando um pianista ouve m˙sica, portanto, È normal que ele mexa os dedos involuntariamente.

Treinamento

Para descobrir com que rapidez essas conexıes se formavam, os cientistas aplicaram a estudantes de piano iniciantes dez sessıes de treinamento de 20 minutos cada uma durante cinco semanas.

Nas sessıes, os estudantes tinham de tocar uma sequÍncia de acordes em um piano digital sem poder observar as teclas ou as prÛprias m„os. Os nomes dos acordes tambÈm n„o podiam ser ouvidos, o que assegurou, segundo os cientistas, que o treinamento incluiria apenas habilidades motoras e de audiÁ„o.

Os estudantes foram divididos em dois grupos. O primeiro tinha teclas com os sons corretamente relacionados a elas, enquanto os sons das teclas dos pianos do segundo grupo eram trocados a cada treinamento a fim de que n„o se formasse um mapa cerebral nesses estudantes.

Antes e depois de cada sess„o de treinamento, os estudantes tinham de ouvir trechos de m˙sica e apertar arbitrariamente as teclas de um teclado que n„o produzia sons. Nesses testes, por meio de eletroencefalografia, os cÈrebros dos estudantes eram monitorados.

No grupo com as teclas corretas, ouvir m˙sica estimulava a parte do cÛrtex respons·vel pelos movimentos das m„os, enquanto naquele que n„o tinha um teclado correto essa ·rea n„o era afetada

Fonte : http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u10337.shtml


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